sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Entardece

Às vezes basta uma rua
Inclinada.
Um algo que fuja à
Normalidade.
Um pensamento que te deixe
Nua
Um poema que incite à
Proximidade.
Mulher que te passeias nessa
Calçada
Que trazes nesse peito uma beleza
Abraçada
Uma brisa que deslize por ele
Convidada,
Porque te dás ao condão da minha
Imaginação?
Porque és sem seres
O passeio que faço nos versos
Duma canção?
Nem sequer sei
Cantar
Nem sequer tenho voz desse
Artesão.
Mas a beleza é mais do que se

É a arte de passar sem
Passar
De provocar a
Invenção
De ser corpo que se
Apaga
E surge no tempo de um
Poeta.
(Pelo menos este assim crê).
E quando o poeta
Desaparece
Ficaste a ser beleza
Eterna
Dum poema que nunca
Desvanece.
É chama que se

É vida para além da morte que
Acontece.
É invenção.
É imaginação
É de ti esta canção.

É por ti
Que a beleza
Entardece.

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