A inquietude a que me deixo
Devotar
Mais não é
Do que espremer
O fruto do sabor que lhe
Conheço.
Onde fica a surpresa
Do primeiro trago?
Onde fica o sumo
Que percorre
O corpo e remexe
Os sentidos?
Inquietar-me com o que
Já não faz surpresa
É pedir ao mundo
Para não me decrepitar.
É voluntariamente
Fazer-me parecer
Arrogante.
Distante disso.
É ser infante
E tomar o gosto
Primeiro sempre.
Inquietude mais do que
Um prazer
É um gosto.
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