Se te amar por palavras,
por poemas
e olhares segredados,
deixas os teus olhos
beijarem-me?
Deixas os sorrisos
amarem estar nos
meus lábios
enquanto te declamo
poemas ao ouvido
como nos teus lábios?
É que senti-me tão
beijado
e amei-te tanto
há bocado.
Fiquei sem saber
o que fazer
sem estar a teu lado
e sobrevivi à distância
e ao tempo
e ao mau-olhado.
Eu que nem sou supersticioso
abandonei-me
à razão.
Beijei-te vezes sem conta
sem que a razão
por ali se fizesse
companheira.
Acompanhei a intenção
do teu olhar
beijar e calar-me.
E assim
fiz nestas palavras
todas com que me beijaste.
Calaste-me sem intenção
e só se ouviu
um pulsar.
Um compasso
que fez disto
tudo a nossa canção.
sexta-feira, 29 de março de 2019
Olhares que beijam
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