encerro-me aqui para além
da minha pele.
quero que fujas.
que fujas para bem longe
daí com o receio
de aqui chegares.
da explosão cardíaca
que é amante
da adrenalina.
insuspeição
de chegar e embater
para além da pele.
mas vires como
se eu corresse
para ti. se soubesses
como corro.
como morro antes
de cada sentença
de morte
e de repente estou
vivo.
estou vivo porque sei
que vamos acelarando
o devagar tempo
que nos resta para embater.
para sobreviver
a esse acontecimento
e sermos
essa coisa nova
sem sentença.
sem pertença.
só tempo
que se esqueceu
de nós
a nascer dentro
um do outro.
faz da tua pele
minha.
acaricia-te
na nuca e no pescoço
como se fora eu.
de novo.
segunda-feira, 15 de julho de 2019
Pele da tua Pele
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