Podes fazer do silêncio
a tua fuga.
Desapareceres da cara desta
que agora sorri para mim.
Podes achar-me um idiota
porque não tenho essas
cores que encandeiam.
Podes ter razão.
Mas posso nunca me
esquecer de como me olhaste.
De como a beleza dum
universo inteiro rasgasse
o tempo e para-lá-da-vida
na centelha desse teu olhar.
Posso mesmo dizer
que por isso já fomos
e voltaremos a ser.
Se não nesta vida
nessa outra que virá ou foi.
Já não somos tempo.
Somos para lá disso.
Somos o que seremos
e sempre fomos.
quarta-feira, 8 de maio de 2019
Já não somos Tempo
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