Poema, poemazinho.
Homem, homenzinho.
Futuro, sempre sozinho.
Passado abre um vinho.
Bebe devagar, devagarinho.
Morre, mortífero
do amor conduzido
à loucura.
Desmaio sem solução
nem cura.
Sem vontade mais
do que ficar com
a tua memória defunta
aqui às escuras.
Fazes-me existir nunca.
Nem fomos convidados
pela lua nem nada.
Não arranjaste testemunha
tão aperaltada.
A lua e a sua vizinhança
estrelada.
Obrigado por fazeres
de mim nada.
Serei então uma pedra
no sapato que desconforta
mesmo aí não estando.
Fica pronunciando
esses teus dogmas
a troco de dinheiro
e reduz seres humanos
a peões para
que te dê jeito.
Como podes tu
encostar a tua moral
de noite no travesseiro?
Sou o mal que tu
me passaste a apresentar
como tal...
tal e qual a nada.
Por isso mal por mal
fica à tua responsabilidade.
E a toda a tua constelação de
moral.
Nós humanos ficamos
por aqui no pecado.
No desejado fortúnio
de não ter,
não ser
nada.
Zero.
Quero de ti
Zero minha desamada.
Minha universal negritude
esburacada.
Quero de ti um total
e redondo nada!
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