sábado, 29 de outubro de 2016

Asfalto e futuro

Encruzilhei e segui
Na estrada de quem acelera
Em motor a diesel
Dos viajantes solitários.
Não sei quem são as minhas
Companhias.
Não sei se há uma que seja
Tão amante de solidões
E de encontros
Como eu sou,
Mas vou ganhando terreno
Ao medo.
À morte.
Ao amor.
Não sei se isso te faz feliz.
A mim faz.
Faço-me à estrada
A cada desencontro
E sigo solto.
Cada vez mais.
Asfalto
É realidade de deixar marcas
De pneus para trás.
Cheiro a borracha para quem fica.
Sabor a vento
De quem se enamora do futuro.
Vou.

VAz Dias

#palavradejorge

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