Sou eu que não quero.
Este desprendimento
A que me apego
Bem mais do que
A alguém.
Ele surge após essa paixão.
Esse sentimento
De perfeição estúpida
A que todos os humanos
Intimamente
Criam.
Depois vem o amor
E a desilusão.
A incapacidade de a dois
Estarmos a par
De cada um e
À projecção do outro.
Um com vida
Outro morto.
Sai sempre alguém mais
Acabado.
Sonho agora intimamente
Que a perfeição
É de somar desistências.
As mínimas e tantas!
Parto com outra que sonhe
Parecido.
Ou que nem sonhe.
Ou que de ideal de perfeição
Também já se tenha
Perdido.
Num quarto.
Num tempo.
Nenhum sonho.
Só realidade de pequenos beijos.
Verdadeiros até
Que chegue o fim do tempo.
E quando ele chega
É desapego aperfeiçoado.
Seja para mais vida
Ou o último lugar
Antes de olhar para o passado.
Fechar olhos.
Fechar tempo.
Fechado!
VAz Dias
#palavradejorge
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