terça-feira, 11 de outubro de 2016

Sejamos a cicatriz da mesma carne!

Surges como se fora eu
um alvo de por ti
ser inflingido.
Sem protecção
e do teu lado
esse mesmo silêncio
onde apenas se ouve o ar em
movimento frio.
Rasgas-me profundo
até ao âmago da carne.
Lá onde a palpitação
faz correr o sangue
e tu por dentro deste amontoado
de cicatrizes abras sarcástica
sem convite.
Haja coração
que tanto sangue
a morte evite.
Hajam cicatrizes que te
lembrem que a nossa carne
é o limite.
Rasga-me do passado
isso sim.
Que o teu coração grite
em silêncios
ou comigo sangre.
Sejamos a cicatriz
da mesma carne!


VAz Dias

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