Nem sabes quanto te quero.
Quantos pedaços de ti
E a soma multiplicada
De suspiros
Por ti em mim aplicados.
Estremeço
E reparo
Que ainda não reparaste em mim.
O que faço?
Anuncio a minha chegada
A trote como que montado
A cavalo,
Cheio de peneiras
E sem medo de cair
Estatelado?
Ou deixo-me de veludo
Ir-te convencendo da minha
Existência
Passando a tempo
Da tua conveniência?
Há tempo com tanta gente
Se interceptando,
Se dando conta da existência
De outros
Por tantos trompetes romanos,
De explosão de informação
E promoção do ego
E do visível,
Que me amarro.
Mas não me afasto.
Não sei estar calado
Mas também não quero gritar.
Sabes que te quero?
VAz Dias
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