É no poeta de mim
Que surge a inquietude
Do silêncio
A que as mulheres
Devotam o homem.
Vidas cruzadas de fins
E começos
E entretantos
Em que andam todos.
Tantos!
Tantas!
E todos diferentes
Com os silêncios
Que recebem dos outros.
Iguais
Que partilham
Como presentes envenenados
E a ignorância
/despeito
/desinteresse
Com que os embrulham.
Recicla o poeta.
Come a merda
Que o diabo amassou.
Sorri com a esperança
De mais alguém
Mostrar genuína diferença.
Temperança
Que logo esmorece
Com mais silêncios
Que gritam dores.
Fica o homem com os humores
E o poeta com o silêncio
Dos melhores coleccionadores.
Mais uma se cala
De perdidos amores.
VAz Dias
#palavradejorge
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