sexta-feira, 12 de abril de 2019

Vento por Dentro

Desencanto
do mundo e de tanta
coisa.
E quase de mim
em ti Poesia
e tu de mim
que nada precisas.
Não é que não oiça
o teu chamamento
e de alguma beleza
do mundo.
Mas estou quase
a ficar mudo
da eloquência
e da persistência
em lutar.
Não há amor.
Há invisibilidade
no meu toque às
coisas.
A flor que não me
sente e persistirá
em crescer ate à morte.
A água que passa em
mim mais branda
ou mais forte.
Mas passa e eu
sinto nada.
Tudo passa
e eu tenho mais meia
vida para me reinventar
ou acabo por aqui.
Não é preguiça.
Não é intento.
É ser vento que já
passou e sair
sem que se seja
visto.
Sou um vosso
invento
já que eu
Nem isso.

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