E nos lábios
que tão aperaltados
de beleza,
os sorrisos guardavam
uma secreta promessa.
Eram tão verdadeiros
como se fossem
por si
a mim
(meu desejo secreto)
rabiscados esquissos.
Tendia-lhe do lábio
inferior
o prateado penduricalho.
Dava-lhe a companhia
do seu inocente
brilho.
Deixava-me embasbacado.
Como um menino
sem jeito. Ela era doce.
Como desejava que fosse.
Pintava-me deliciosamente
tão bucólico cenário.
Desejo-lhe o lábio,
o segredo.
Mas mais ainda,
o sorriso.
Vaz Dias
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