Perdemo-nos na possibilidade
do momento.
Não tivemos tempo.
Nem lugar.
Nem muito menos atrevimento.
Que interessa agora
contar os segundos?
Que todos juntos
e seguidos
não fazem uma eternidade
de paixão.
Pois só para isso servem.
Passarmos juntos
mesmo que apartados.
Mesmo que não.
São as circunstâncias porventura.
Mas quem de nós
desejaria o horário,
a agenda?
A adenda,
o relatório?
Era aventura!
Pura e simples! Não?
Inventei-te!
É o que fazemos
quando fraquejamos
por alguém.
Inventamos nela
algo que da perfeição
desejamos.
E ela de acordo
com o ímpeto
nos vai contemplando
com essas alvíssaras.
Como convém.
Como deveria ser de justiça.
Mas não é assim.
Enfim!
Vamos saltitando
de um olhar,
para outro calor.
De um amor
para outro par.
Fazendo dos nossos tempos
o império do câmbio como premissa.
Onde trocar
soma "perfeições",
as suficientes para podermos
aquilatar.
As suficientes para ao nosso
ser,
não pesar.
E nós não fomos
senão um tempo
que se inventou de si próprio
e que seguiu perfeitamente
distanciado
da nossa imaginação.
Impróprio e sem distinção.
Seguiu.
E nós não.
Vaz Dias
Sem comentários:
Enviar um comentário