Queimas-me
de gelo com esse teu jogo.
Jogas o teu desejo
ao nosso braseiro.
Queres o comando
e do receio,
o controlo.
Do tempo sou o dono
e imperador do nada.
Se não foi entretanto
poderá ter sido
para outras núpcias
a chama convocada.
E se não?
Sigo livremente contente
sem alma congelada.
E tu à minha liberdade
irremediavelmente "condenada".
Fogo com fogo
queimo-te com língua
que ao teu corpo
cobre.
Chama a chama
que em nós arde.
Só por hoje.
Mesmo que seja tarde.
Somos calor
que o frio não desarma.
O conforto
do outro elemento.
Se do nosso tempo
o dono for nada.
Vaz Dias
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