A arte convém-me.
Ela é a representação
fiel do que o amor
me compõe.
Ela é como deseja.
Eu desejo-a também.
Como a projectei.
Como ela me propõe.
Permite-me
acreditar que sou eu
quem detém
o sentimento e a primazia.
Que ingenuidade
útil!
Que ignorante
benção!
Mas livre porém!
Que alegria!
Somente eu e ela.
Ela, de todos
e eu de ninguém.
Dela nos vemos, livres,
quando dela,
nos cativamos.
Quando por ela
nos reconhecemos.
De solidão,
menos.
De futuros, esperamos.
Ou vamos.
Tanto faz!
Desde que com ela
estejamos.
Faz e não penses nela.
Sente e revela-te.
Seja a arte
quem és
e o que fazes dela.
Com arte, rebela-te!
Vaz Dias
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