Ofereci-te as linhas.
Presunçoso roubei-te
as primeiras.
Eram o meu sorriso.
O eu físico.
Do ser que não viste
de mim
mas que ali se refletisse.
Escolhi em detrimento
do aroma que ficasse
por aquele tempo.
Mas escolhi
eternidade.
Linhas e folhas
brancas
para escreveres.
Ou nada.
Apenas olhá-las,
voares e te perderes.
Nessa eternidade.
E na canção que acompanha
o aroma que cantava
naquelas linhas.
A voz era tua
e a minha.
Como amor que fica no papel.
Outro.
E que voa por fora.
Onde não há tempestades.
Voa livre!
Esta canção é tão nossa.
Vou tocá-la esta tarde
numa feira.
E vou fazer sorrir as pessoas.
Elas sentirão essa liberdade.
Esse amor.
Vaz Dias
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