sábado, 10 de janeiro de 2015

Menina Mulher Pessoa

Ela olhava dentre
as sardas
aos meus olhos
em céu aberto
desprotegidos.
Ela sabia como
jogá-los embevecidos.
Como se fora
gaiata de escola
que agora descobria
como brincar com os
meninos,
e os seus sentidos.
E eu ali,
a céu aberto,
rendido,
como um menino de recreio
que deixou de jogar
à bola para aprender
no intervalo
a conquistá-la.
"Inocente"
"Cândido"
"Que querido!"
Saltavam-me à mente.
Ou ela jogava comigo
ou gostava de mim
efectivamente.
Sei que saí dali,
qual puto de sacola,
com a mente intermitente
e uma sarda deliciosa
proporcionada por aquela
menina mulher pessoa.

Vaz Dias

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