sábado, 17 de janeiro de 2015

Odeio-te amor!

Escrevo-te com lágrimas
na pele.
Vêm do passado.
Esconderam-se durante
aquele tempo.
Mas agora, mais não
aguento!
É a tristeza dos dias
que me impele.
É amar-te assim.
Enfraqueces-me.
E eu não posso.
Não volto a colocar-me
no cepo.
Armadilha que se preparou
ao de coração incauto.
É subir e cair lá dum alto.
É morrer de amor
e sobreviver de lágrima
cristalizada em punhal.
Odeio-te amor!
Ameaço-te de longe.
Desaparece.
Tratas-me mal
com o belo que prometes.
Desce aos infernos
com os crimes
que em teu próprio nome
cometes.
Impostor que aos dias
frios me lançaste.
Nunca me tiveste...
Autêntico sádico
que em longo inverno
me largaste.
Mais do que a vista alcança.
Mais do que a própria
dor que criaste!
Satisfeito com
tão nobre gesto de vingança,
que do meu coração te recriaste?

Vaz Dias


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