domingo, 29 de outubro de 2017

Carta Aberta ao Erro

Não há felicidade sem perdas.
Sem a consciência
De que, humanos,
Falhamos
E procuramos
Aprender.
Sabendo onde é o erro
Sabemos onde o queremos
Revolver.
Esquadrinhar com paixão
E por oposição
Tragar a lucidez.
Não sei onde posso
Falhar mais
Mas sei que voltará
Até não se fazer mar
De banhar mais as minhas costas.

Desencontramo-nos as vezes
Suficientes.
Fazemos as exéquias
Do que não é para ser.
Pisamos chão firme
E coração nas núvens
Para voar
Para os lugais certos.
Para o que nos foi destinado.
Para os que nos querem.

Querer mais do que isso
É viagem
E tempo
Desperdiçados.
Ah Erro que me acompanhas
Há tanto tempo!
Que Síndrome de Estocolmo
Me fez tanto te querer
E fazer-te resolver?!

Somos o que conhecemos
Melhor.
Mas podemos sempre mudar.
"Erro, cresci!
Vou precisando-te menos
E menos.
Até que sejas ínfimo
E eu íntimo do Amor.
Obrigado por tudo
E por todos aqueles Nadas!"

VAz Dias
#palavradejorge

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