sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Os miúdos que crescem com roupa lavada.

Em que medida
Pode uma pessoa
Cobrar à outra
O justo e o imensurável?
Pelo gesto contestado
À revelia de ter
Crescido
E à pose dos reflexos
Faz um cúmplice
Paracer-se igual.
Mais do mesmo.

Talvez fosse já um dos
Mesmos,
E expiar o pecado
Do passado
Quiçá do presente
Abrindo a porta
À contestação.

Rebeldia dos tempos
Presentes
E o infortúnio
Dos sentimentos
Ausentes.
O excesso da carência
Habilitada pelo pleonasmo
Do gesto.
De resto,
O que esperar mais
Do que aos
Seguidores
Da nossa passagem?

Responsabilidades
Partilhadas.
Mas punho firme
No que se alvitra
Justo.
A todo custo
Antes que o manifesto
Sem fundo
Se desculpe do mundo
E de tudo o resto.

Os miúdos que crescem
Com roupa lavada.

VAz Dias
#palavradejorge

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