Aprendi com dores a crescer asas. Depois eram elas que me doíam de tanto querer voar. Doíam também por crescer.
Mas caí. Algumas vezes caí para voltar a aprender como se anda. Caminhava e batia asas.
Vôo mas sinto agrilhoado naquilo que me parece a alma pequena - o peito, os pulmões e claro, o coração - o aperto de ser feliz. Como descer a pique e sentir um medo retumbante. Faz parte do vôo.
Às vezes sonho que não tenho medo.
Às vezes tenho medo de ser feliz. Mais do que descer a pique para a infelicidade.
Incomoda-me este peito preso quando tento voar.
VAz Dias
#palavradejorge
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