Na terra das espécies
A sorte é a predominância
do que à natureza
Pareça bela.
E que bela!
E que fogo chegou
Do olhar dela!
Essa é a beleza que
Leva um modesto homem
O reconhecer nela.
-Atónito!
De pernas trémulas
Fiquei pregado...-
"Como um olhar brilha
E arde o olhar do outro?!
Como pode a beleza
Não ser um fogo
Que chega e nos incendeia logo?!
Como posso eu ser tão belo
Aos olhos que inventam
Beleza?!"
A donzela que o modesto homem
Faz poeta e que versa.
E que faz a promessa
De lhe devolver
Toda essa sua
Ardente
Insinuante
E serena
Beleza!
Bela é a natureza.
Natural é a interna,
Eterna beleza
que dela arde.
Pode a beleza
Ser a dela
E a que mais arde?
Não há nada que agora
Ou depois do contrário
Me convença.
Essa é a beleza.
A que arde.
A que pode!
VAz Dias
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