quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Quando os nossos olhos repousarem

O que tem a vida senão o prazer de a desfrutar após os fins que também nela se encerram?
E quando por fim fecharmos os olhos definitivamente, não a fomos conhecendo ao ponto de tranquilamente a aceitar? Bem como à vida?
E se nessa viagem me acompanhaste saberás que não nos separaremos pela morte. Deus queira que na metamorfose nos encontremos como flores do mesmo jardim.
E se não?
Que sejamos o húmus que à flora dê vida. Que sejamos generosos ao ponto de não sermos isto e sermos o que a vida deseje de nós. Que sejamos Deus, ou Universo, ou Eternidade apenas por completarmos na nossa humilde pequenez, a grandeza do amor que um dia nos fez cruzar, e termos filhos ou só assim, com a serenidade disso tudo, um dia estes olhos nossos, repousar.


VAz Dias

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