A voz ia-se calando.
Como rouquidão crónica
forçada à canção do teu silêncio.
Canto soluçal em chuva fria
que definha.
Que grita quando se perde.
Que grita quando te perdes
dos dias de aguaceiro quente.
Não me serve a voz para nada
-nem ninguém-
se a não queres escutar.
Serve para gritar que te amo.
Mesmo mudo.
Mesmo se mudar.
Gritarei mudo que te amo
mesmo se o mundo
me quiser a voz escutar.
VAz Dias
#palavradejorge
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