sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Nesta calçada pisa quem eu quiser

Vou atirar pedras à parede.
Estoirar o silêncio
com palavras mudas.
Tu não mudas
nem as minhas palavras.
São pedras que cravas
em meu descontentamento.
São as mesmas que
escarro na calçada
abraçada ao meu pranto.
Pronto!
Tens aí o meu maior rancor.
Escrever de asa ferida
e palavra afiada.
Manda a pedra e rasga
a calçada doutra alma
por favor!
A minha empedrou
de tanta que sua excelência
me cravou!
Vai à pedra ou como melhor
te aprouver!
Nesta calçada
pisa quem eu quiser!

VAz Dias

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