segunda-feira, 1 de maio de 2017

Culpa

Pensas que me humilho
Quando é apenas
Toda a vontade
Que de mim
Se oferece à vida?
Foi a vida que ma ofereceu.
Tenho de a libertar.
A chamada
Que não atende.
O telefone
Que não entende
A urgência
Desta vida.
A morte está à porta
Se não nos detivermos
Para nos darmos vida.
Dormem as horas
Nossas,
Demasiadamente calmas.
Elas ainda não sentiram
A urgência
Do fim do princípio
Dos fins perdidos.

Eu sei que sou tolo
Por acreditar na oportunidade
Inoportuna.
Na sorte.
Nesse milionésimo
De podermos.
Mas o fogo é nosso.
Ainda arde.
Se podemos,
Porque não posso?

Antes que a morte me leve
Fica a confissão,

Amo-te!

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