sábado, 6 de maio de 2017

Um céu de ecos abandonados

Gritei para o céu
Vazio
Tudo o que te queria.
Tudo o que queria
Era que me ouvisses.
Julguei que por o fazer
Me ouvisses
Em qualquer parte do
Mundo.
Ecos do meu
Querer
Que chegavam de longe
E de dentro.
Lá tão longe por tão
De mim
Dentro.
Estavas cada vez mais
Longe
Pela repetição da minha
Voz
De volta.
Como uma chamada
Que toca
E não toca.
Não deixas tocar.
Foste para longe
Para meu pesar.
Não te fiz mal
Senão querer-te bem,
Apesar
Dele não te aprazer,
Não vem.
A tua voz não vem
Desse eco de longe
Onde te encontras.
Onde te encontras
Meu bem
Que me desencontra
Tão mal?
Que mal fiz eu
Para não te pertencer
Nem no eco
De um céu
Que nem conheço
Bem?
É o céu do retorno
Da minha voz.
Cada vez mais veloz
O tempo que se
Vai queimando pela frente.
Sem a tua voz.
Sem o nosso tempo.
Um eco atroz de lamento.
Estou a ficar sem voz.
Lamento...
Uma voz que se vai perdendo...
Atrás...
No tempo...
lamento...

VAz Dias

#palavradejorge

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