Não calamos a voz
da preocupação.
Acordamos do sonho cansados.
Deitamo-nos com o espírito
descansado. Sem culpa.
E no entanto o mundo,
os nossos,
a vida do dia-a-dia...
tudo preocupa.
Todas e quaisquer palavras
pesam.
Todos e quaisquer ruídos
rugem.
Assustamo-nos
da nossa frágil condição.
Hoje tremo de medo.
Não por culpa!
Mas por não ter paz
nem muito menos convicção.
Talvez seja só hoje.
Talvez fuja por momentos
para as palavras.
Venho para aqui.
Para a beira dos assustados
e que nas palavras
buscam acomodação.
Mas tenho de sair entretanto.
Tenho de mexer.
Provocar na minha alma
o aparato.
Antes que fique sem terra.
Sem chão.
Parto.
Deixo as palavras de parte
enquanto salto.
Tenho de lutar
contra o que me retira paz
ao desbarato.
Vou inventar.
Improvisar.
Sou capaz.
Sou capaz de sonhar acordado
e inventar um novo quadrado
e deste sair fora.
Contínua função!
Vou sair fora
e levo o coração.
Sem medo.
Com convicção!
VAz Dias
#palavradejorge
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