O gesto é delicado.
O jeito convidado
A preceito para se
Sentar naquele parapeito.
Pousa.
Ousa ser de si
E canta ao sol.
De pulmão aberto
Reproduz o seu solo
Que se ouve
Pelo céu, a casa
E o solo.
Terra de fado
E de cantilena
No colo duma mãe
Que sorri em gesto
Carinhoso.
Foi lá que aprendi
A ouvir as aves
E a natureza.
Nela havia essa alteza
E pureza do canto
E o conforto
Como de um manto
Se tratasse.
Crescemos para lá
Do momento e...
Nos infantilizamos
Por outros momentos.
Basta a ave que canta
E o fado dos lamentos
Do tempo que se estende
E ela tão longe
Ter cantado.
Fica no canto da ave
E na saudade
O colo,
O fado
E ela
Que me falta.
Vai o tempo contando,
Cantando
O que me falta de verdade.
Faltas-me Alice!
Saudade...
#palavradejorge
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