A intempérie é a lavagem
Da alma. Chuva afiada
Que rasga
E devolve a memória
Passada.
Fica clara.
Mas treme-se.
O frio vem do estômago.
O que eram borboletas
As estações,
As pessoas...
Eu,
Gelámo-nos por dentro
Despedindo-as para
Outras paragens.
Agora tremo.
Não de temor
Mas de não saber acalentar
Mais os dias.
Abro os braços à chuva,
Abraço-te
E vou em busca
De borboletas.
Não para mim
Mas para que te
Convertas no calor
Que me tem fugido
E que me aqueças
Como o sol
Dos dias em que
Me encontrava perdido.
VAz Dias
#palavradejorge
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