quinta-feira, 3 de março de 2016

Há sempre luz que faz sombra de nós

Abro os olhos.
Enxergo apenas o que me
Toca na penumbra.
Resquício dos ontens
E que se espalharam
Pela intemporalidade.
Alcança a vista amiúde
Mais além.
Não por hoje.
Pelos dias que se esborrataram
De sombras.
E neles, os dias
E a penumbra espalhada,
Havia um elemento cúmplice...
Eu.
Há sempre luz
Que faz sombra
De nós.
Da penumbra que também
Somos nós.


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