Eu não sou eu.
Quando escrevo
esse sim, sou esse.
Como a primeira impressão
que a cada um pertence.
Para ele também
também não sou esse.
Quem somos para
cada um?
Para uns o que nos conviesse.
Para outros o que viesse.
Para todos o que lhes interesse.
E até a quem somos
alheios. Não sermos ninguém.
Também não somos
quando de nós também imagem
outros não têm.
Se somos assim tantos
e até nada,
porque fica uma pessoa preocupada?
Se também não sou quem era neste começo.
Devo preocupar-me porque
porventura já não me conheço?
Somos talvez quem
melhor nos conhece,
mesmo que esse não seja
aquele que se quisesse.
Mas a cada momento podemos mudar.
Esse pode ser este novo este.
Ou aquele que este também sonhou.
Podemos ser quem quisermos
desde que o ser
seja o que se prometeu.
Felizes os que se procuram.
Também eu.
VAz Dias
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