Não somos sempre
Uma parte
Da carne, fracos?
De desejar beleza
Como se da perfeição
Se tocasse?
Ou então sou eu
Que me refugio nesse
Encantamento
E ao absurdo contestar.
Sim, um único absurdo
De moeda de troca
Ao absurdo mundo embelezar.
Contudo, sei que é plasticidade.
Amar as formas
Em deterimento de amar
O horrível lado das gentes.
Ser canonizado
Por ter amado o absurdo.
Fico-me apenas pelo traço
E o pouco espaço
Que isso ocupa
No meu mundo.
Peco por menos ter
E de ainda menos perder.
Se perdemos beleza
Desenha-se nova.
Evitamos colocar-nos à prova
Da avaliação
Num traço de personalidade.
Para os que nos ficaram para amar,
Somos eternamente responsáveis.
O único absurdo importante
Para depois se amar
A beleza e a sua eternidade.
VAz Dias
#palavradejorge
Sem comentários:
Enviar um comentário