sábado, 3 de dezembro de 2016

Absurdo Amor

Não somos sempre
Uma parte
Da carne, fracos?
De desejar beleza
Como se da perfeição
Se tocasse?
Ou então sou eu
Que me refugio nesse
Encantamento
E ao absurdo contestar.
Sim, um único absurdo
De moeda de troca
Ao absurdo mundo embelezar.
Contudo, sei que é plasticidade.
Amar as formas
Em deterimento de amar
O horrível lado das gentes.
Ser canonizado
Por ter amado o absurdo.
Fico-me apenas pelo traço
E o pouco espaço
Que isso ocupa
No meu mundo.
Peco por menos ter
E de ainda menos perder.
Se perdemos beleza
Desenha-se nova.
Evitamos colocar-nos à prova
Da avaliação
Num traço de personalidade.
Para os que nos ficaram para amar,
Somos eternamente responsáveis.
O único absurdo importante
Para depois se amar
A beleza e a sua eternidade.

VAz Dias

#palavradejorge

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