quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Silêncios de mim XIII

Tenho de chorar
Estas esperanças vãs
Para dentro deste vazio
Escuro.
Aqui sai dor
E o fim prematuro
De tudo revolver.
Tudo acontece como deve
Acontecer.
O passado de lá atrás
Igual ao futuro de frente
E o poema resolver.
Amar é escolha de um dia
Ter querido uma vida normal.
Ter tido uma vida diferente,
De querer o convencional.
E veio o mundo escondido
Do que me é mais natural.
Amar não é para mim.
Tenho de ser amado
Para me convencer
Que devo deixar entrar
Toda a gente,
Para deixar tudo acontecer.
Mas tenho de chorar
Aqui escondido
Em quarto escuro
Enquanto tiver de ser.
Chegarei ao mundo
Com o a porta aberta
E uma casa luzidia
Para que todo aquele que ame
Por aqui entre.
O amor é da minha gente.

Sem comentários:

Enviar um comentário