segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Silêncios de mim XXI

Silêncios delas.

A facilidade de atirarmos
Para a sombra
Todo o nosso assombro.
Desvincularmo-nos
Dos outros.
Paródia de vida
Por absurdo de passados.
Tratam-se os bons
Como pesados.
Liberta-se a carga
Com gestos velados.
Heroínas escondidas
Atrás dos telefones.

Para que lado corres?
Tratas mal
Quem mais te move.
Quem te fez esse
Mal todo?
Vale a pena chorar
Onde molhado chove?
É tempo de mudar
E acreditar nos que
À liberdade se dão.
Move-te da inépcia,
Das prerrogativas
Contra os que te dão
A mão.
Não te a pediram
Nem a tua liberdade.
Cruzamo-nos.
Os interesses cruzam.
Há sim um ideal.
E cada um traça
A sua ida.
Move-te!
Sob risco da oportunidade
Perdida!
Move-te!

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