É um piano de jazz
Que entra por mim adentro
Querendo demarcar-te
Das minhas prioridades.
Das minhas vontades.
Sou um solitário
E tu sabes.
Não te desejo mais
Do que a ninguém,
Mais do que o próprio desejo
A se querer bem.
Eu quero-me bem.
E deixo esta melodia
Confortar-me.
Enganar-me dessa velhice
Que tanto me orgulha.
Estimular-me de juventude
Até à medula.
Um dia saberás
Que foste tão desejada
Como um sax
Que geme.
Como um contrabaixo
Que treme.
Mas estremeço
Se de ti me lembro.
E ainda assim
O silêncio a que me devoto,
Quere-me!
Leva-me!
Toca-me
E eu ser-te-ei jazz
E tudo o que treme
E do que fôr capaz.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Silêncios de mim XV
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