sábado, 31 de dezembro de 2016

Silêncios de mim XXVII

Não há nada para escrever.
Tu não vens
E eu cansei de ir.
Desisti da matemática
E da justiça.
Ela é-me demasiado
Favorável
E eu só queria não pensar.
Contigo seria sentir,
Viver...
Sem subterfúgios e razõezinhas.
Multipliquei
O passado em ti
Inadvertidamente.
Corto pela raíz
Para seguir em frente.
A prova dos nove
Enquanto eu ainda invento
Sentimentos.
Não vieste e o resultado
Só poderia ser este.
Fazeres de mim
Um lógico.
O amor é irracional
E faz de mim um matemático.
Faço agora contas
Ao tempo que perdi.
Aos anos que andei
A aprender a começar
A contagem de novo.
Obrigado pelo zero
E a esquerda dele.
Desisto mesmo dessa aritmética.
Chega!

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