sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Silêncios de mim XXVI

Aborreço-me com a resposta
Silenciosa.
De lhe dar resposta.
De manter o seu silêncio
Vivo.
Quando me for embora
Não volto.
Há silêncios
Que deviam ficar calados.
Responder com nada.
Ser o dono de nada
E tudo me quererem.
Ah aí sim
Veriam o dono
De um mundo
De silêncios!
Um compêndio
De ondas sonoras
Estagnadas!
Um mundo
Cheio de nadas!
Um dia vou-me embora
Com todas as
Palavras.

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