Rezo esta prece
a ti. Peço-te
que me escutes
e me concedas
esta minha
pequena oferenda.
Que ma ofereças
se valer a pena.
Se eu te valer a pena.
Peço-te antes de mais
que te sentes aqui a meu lado.
Que entendas o meu estado.
Deixei de querer aquele
alguém. Foi sempre muito
pesado. Por vezes arrastado.
Mas tentamos.
Porque nos convém.
Porque somos filhos
duma mãe.
De dois nasce
um terceiro.
E de nós buscamos
voltar a dois.
No amor dizem
que o melhor é o primeiro.
Que sabemos de amor?
Por acaso tive essa sorte
de fruto se fazer
esse terceiro. Neste caso,
terceira.
A menina que mais amei,
amo e amarei.
A única, disse-me a vida!
E com razão! Que ganhamos
com o condão
do tempo se fazer
mestre e nosso conviva.
Um filho é eterno
e o amor por ele
além da vida,
contínuo.
E aqui termino
o que de amor
procuro. A minha
mais que tudo.
A terceira que é o primeiro,
amor e fruto.
Primeiro e único.
Agradeço me teres
ouvido e esperado.
Agora sim te peço.
Como nunca serás
minha, agradeço
todo o pequeno e
atento apreço.
Que me sorrias.
Só o que te mereço.
Que me leias
se os teu olhos querem.
Se à alma convém.
Mas peço-te ainda
mais além.
Não me permitas
o amor, se débil
me encontrar.
Despacha-te e foge
desse meu incessante
olhar.
Põe-me a salvo
desse meu ser.
Porque o coração
já tem um dever.
E o direito a que me dou
de poder ser,
é o segundo do tempo
e do teu tempo
também ser.
Encarecidamente rezo,
para levemente te viver.
Menos de metade te ter.
Assim levemente viverei
para o dobro me poder
comprometer.
À que me tem.
Ao que me posso ter.
E a ti,
bem,
um pouco, o suficiente
de paixão, também.
Menos de metade,
'tá bem?
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