Ainda lhe inventava um som.
Da corda vocal
nem um timbre
lhe ouvira tocar.
Imaginava pelo rosto,
um tom.
Os acordes que com
o olhar dum castanho
tão profundo,
só podiam saber
a um chocolate mentolado.
Aguerrido e fresco.
Bebia-lhe também
o sabor de pronúncia
maracujá molhado.
Húmida voz que de norte
se revela.
Nortexótica, portanto!
Sim.
Assim me parece
a voz dela.
Nortexótica.
Vaz Dias
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