Sei que as palavras
pouco te dizem.
Talvez as que vestem
Os acontecimentos que precipitas
(Como chuvas de norte)
Que caem frias
quase geladas,
Mas que nas ruas
se deixam marcadas.
Mas também as palavras nuas
como dos desejos
(que em água evaporam)
e aos baixos céus
se incorporam
para te deliciarem a pele
e os sentidos,
do que te impele
para de palavras
deixares de te ver
vestida.
És a nudez que às minhas palavras
tiram sentido.
És os sentidos dos desejos
que tenho sentido.
que tenho sentido.
Vaz Dias
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