quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Volta!

Sabes-me a saudade. 
O beijo que dei no tempo. 
que foi ao futuro visitar-te 
na nossa afirmação.

Voou-me de volta,
tão lentamente!
Arrastada lentidão...
A espera não
me gastou
o trago.
Mas já não era de ti.
Era a ilusão de ti.
O sabor de saudade
era do futuro
do que seríamos.
Era um desejo meu.
Somente meu,
é verdade!
Deveríamos saber
a saudade.
Para ser nosso.
Para ser verdade.
Para saber a saudade.


Vaz Dias

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