sábado, 15 de novembro de 2014

Desata-te!

Das-me tão pouco.
Talvez insuficiente
para aquilo que eu gosto.
Demasiado intermitente.
Não fico
plenamente contente.
E até aposto
que é do amor que lhe tens.
Então porque de mim
te convéns?
Leva-lhe toda essa entrega
que da maior parte de mim
sonegas.
Não chegas a vir.
Nem de perto
nem de longe
de mim te deténs.

Não te entregas.

Então segue,
dedica-te a vós.
Vai. Nunca fomos.
Nunca houve nós.
Desata-te! Foge!

Vaz Dias

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