Para um poeta
ser amante,
é ter a eloquência
dos deuses.
Necessita do amor.
Escrevinha
e viaja consoante
a harmonia e a
constância.
É o sentimento
que o impele à dádiva.
Não necessita do amor.
Redige as palavras
que sobraram para o presente.
É um amante
de três quartos.
É um ladrão que de outras
almas,
de seu amor se criva.
O poeta reza
de um terço.
Por ser o meliante,
que de deus
em outros três quartos,
se sente.
É em três quartos presente
e num terço
de reza escrevinhada.
Vaz Dias
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