domingo, 27 de julho de 2014

Acorda!

Acorda.
Desenlaça-te dessa teia.
Morde o lábio inferior
e rói a corda.
Sê a aranha
em movimento retrógrado.
A besta de mandíbula cerrada
que se acalma
e redobra
o sossego da alma.
Calma.
O dia e o sonho futuro,
lavar-te-ão do ser
o tormento do passado.
Presenteia-te.
Sem freio.
Sem receio.
Presenteia-te!
Porque assim deve ser
e já estás atrasado.
Acorda!


Vaz Dias

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