quarta-feira, 6 de maio de 2015

Sem ti

O que faço sem ti.
O que faço por ti.
O que desfaço do passado
para recolher
como em papel aos bocados.
Seria sempre assim.
Porque tu agora és tu
e adiante
outra serás.
Não por minha escolha
mas
porque em qualquer uma de ti
assim achaste.
O que faço por ti
é esperar-te na outra.
E naquela.
Porque a cara e o corpo
são beleza
mas a verdadeira
não reside,
voa.
De vida em vida
segue a aventura
do que faço sem ti,
e sem a outra...
e a outra.

Vaz Dias

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