terça-feira, 24 de julho de 2018

Sol de meia-lua

Espalmo-me num
Metro quadrado
De areia e
De ondas revolvendo
O imaginário.
Encomendo sol
A espaços
Com a inoportunidade
Deste verão.
Há gente que se perde
Na memória
E sóis acalentados
Pelas histórias
Que queimaram
Na pele dos passados.
Fardos e fados.
Tez de peles
Emprestadas que caíram
Na serpente
De sermos.
Revestimo-nos
Da pele que necessitamos.
Não somos
Sempre o que queremos
E por vezes somos.
Nos dias quentes
Que sobramos
Dos ventos
E das intempéries.
Ser sol em céu
De pouco verão.
Ser um sermão dos
Deuses à inconsciência
Como os deuses
Da inconsistência.
Paciência!
Há mais invernos
Por vir e ardores
Desavindos
Do que aventura
E paixão.
Fique o sol
De meia-lua
E um vento
Feito brisa
Como melhor opção.

VAz Dias
#palavradejorge

Sem comentários:

Enviar um comentário