sábado, 18 de abril de 2015

Dente-de-leão

Repito a imagem na memória.
Rebobino e faço uma estória.
Avivo-te para aqui
me olhares.
Contemplo-te.
És bela!
O teu ser no acto mais simples
carrega elegância.
A predominância de me fazeres
vivo.
E repito.
Rebobino.
Revivo.
Como em planeta perdido
imagem viva de máquina
antiga a imagem emito.
Dente-de-leão que sopras
e fazes voar.
Rebobino e a flôr
algodão altiva,
recomeçar.
Sorriso de gata
e dente-de-leão desejo
contigo recomeçar.

Vaz Dias

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