quarta-feira, 8 de abril de 2015

Obscura Lua

Obscura lua 
De caras várias. 
De duas uma. 
Luz companheira. 
Ou obscura amante. 
Quero-te minha concubina. 
Tu me prendes meliniante. 
Lua luz confidente, 
Leva o segredo 
Ao lado sombrio que se esconde. 
Sei que há lá luz 
Que à noite acalente. 
Que à minha inquietude 
Alente. 
Lua luz ausente. 
Minha perdição conivente. 
Minha cegueira conduz 
À iluminação que se pressente. 
Lua luz. 
Luz ausente. 
Lua produz 
O que o poeta sente 
E o amante desmente.

Vaz Dias

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